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"Das infinitas variações do olhar, produto deste jôgo de caleidoscópios, odisséias de um corpo imóvel, tão prenhe de entusiasmos, malabarista em corda bamba; vive desta alegria de viver no instável.
Qualquer precipitação o leva ao timbre da anarquia - doce deleite do poético dos ventos, amarrando seus nós de centopéia, na massa disforme e fervente, levemente doce de leituras das marés de seus íntimos desejos.
O palco apenas como cenário a personagens sem gestos, sem falas, sem ouvidos... infusos em seus cotidianos. Buscando rotações e translações, onde ele vive ou pensa viver no arco de si próprio, tangível, apertado, completo.
Contudo, ele está sempre a espreita, na audácia dos espetáculos, como um protagonista, unindo às visceras às cenas que completa, onde em silêncio treme - como um arco de violino nos dedos de compositor.
Sempre suspenso e prepardo para sorver-se na linha viva dos dias - um saber sem nome - um olhar sem certezas, e assim: - vê, no ritmo ligeiro de um sonho, seu olhar abstrato.
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fotomontagem do dia
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